
Eu acho que casar é relativamente fácil. Escolhe-se o local da festa, faz-se um planejamento financeiro, contratam-se dezenas de fornecedores, reúnem-se os amigos e familiares, assinatura no papel e pronto. Casados oficialmente.
O nosso mundo anda um lugar estranho, nada fácil de viver. A cada ano que passa, eu tenho mais certeza de que no final o que importa mesmo é estarmos rodeados de pessoas do bem, de gente que nos faz bem e nos quer bem. E escolher um parceiro de vida faz parte da nossa busca pela felicidade. Enfrentar a vida com alguém do seu lado deveria ser sempre mais fácil do que enfrenta-la sozinho.
E é por isso que eu acho que o mundo seria um lugar infinitamente melhor se todos os casados fossem, de fato, casais. Se decidissem viver juntos, todos os dias de suas vidas. Porque casar pode levar apenas algumas umas horas e viver junto leva tempo. O tempo todo.
Tenho certeza que, após 14 anos de união, deve ter pelo menos uma década que a Carol e André ouvem a famosa frase: “e ai, quando vocês vão casar?”. Mas será que precisaríamos mesmo do dia de hoje para transformá-los em casados? E o que faz de um casal um casal? Seria apenas o juramento da fidelidade eterna? Um pedaço de papel?
Eu não tenho essa resposta, mas acho que juntos a Carol e o André formam um dos casais mais casais que eu conheço, e não precisam de alianças para simbolizar essa união porque seus laços não podem ser representados por um simples objeto material. Eles são, de fato, parceiros. É difícil encontrar por ai quem tem Ideologia de vida e atitudes sempre em perfeita sintonia. Quem tem a sorte de, assim como eu, conviver com eles, sabe do que estou falando.
Há pouco tempo, eles decidiram enfrentar a rotina e os desafios de morar em uma cidadezinha longe daqui porque assim seria melhor para os dois. Sem dramas, sem stress. “O André passou em um concurso, gente. Vamos nos mudar para Goiás. Não, não é Goiânia, é Jataí. A cidade é pequena, mas tem as Termas pertinho. E acho que não vou precisar mais usar carro! Vou trabalhar de bicicleta.” Foi assim que a Carol resumiu o anúncio de que mudaria de endereço enquanto nós, amigas bobocas, marejávamos nossos olhos já de saudades.
Ao logo de todos esses anos, eles compartilham as suas conquistas, choram as dores, algumas perdas e fornecem mais do que um ombro ou um colo. Vibram e torcem porque o sucesso de um se reflete no outro e chega até nós, todas as vezes que encontramos esses dois sorrisos enormes.
Sempre me inspiraram casais como eles que se completam e que juntos são melhores do que seriam se estivessem separados. Eu pouco me lembro da vida minha amiga querida sem o André e olha que nos conhecemos há quase 30 anos. Acredito também que o inverso seja verdadeiro.
Tenho a certeza absoluta de que se existe mesmo essa coisa de “almas gêmeas”, as deles se encontraram nessa vida. Uma vez eu ouvi: que sorte quando se encontra o amor da sua vida, na sua vida.
O que eu mais posso desejar para vocês nessa nova etapa de vida se não todo o meu apoio e carinho? Sejam ainda mais felizes. Sejam ainda mais completos. E sejam sempre vocês: dois singulares lindos que se transformaram num plural incrível!
“E que vocês se recebam como marido e mulher e prometam ser, além de fieis, leais. E que sejam, porque creem que seus sentimentos são verdadeiros e não apenas porque alguém disse que precisam agir assim. Que estar juntos seja sempre um querer e não uma obrigação. Que se amem e se respeitem e, justamente por isso, entendam os dias não muito bons, mas que seus olhos sempre digam o que fazer quando o coração apertar. Que continuem parceiros de vida na alegria e na tristeza, na saúde e especialmente na doença de qualquer um que seja especial para vocês. Que assim seja, todos os dias das suas vidas, enquanto vocês desejarem que assim seja.”
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