“Meu namorado é um Ironman!”
Tenho pensado nessa frase desde às 17h36m15s do dia 31 de
Maio de 2015.
Às vezes eu tenho a impressão de que algumas pessoas podem
se perguntar: “Tá e ai? O que mudou na sua vida?” e a melhor resposta seria:
nada, e ao mesmo tempo, tudo. Por isso, resolvi tentar explicar aqui em algumas
linhas, talvez, o inexplicável.
A história do meu namoro se funde com o projeto do “meu”
Ironman. Conheci o Dani em Julho de 2014, há cerca de 11 meses, no início do
seu ano sabático, no início do sonho de se tornar um “Finisher”. Pensei:
“Caramba... Que coragem desse moço. Acabou de largar o emprego, acabou de
terminar um namoro e está prestes a arrumar uma nova encrenca, ops, nova
namorada”. Nunca falei isso para ele, mas talvez se eu estivesse no seu lugar,
não teria embarcado numa nova aventura sentimental a aquela altura do
campeonato. Hoje, por motivos óbvios, fico muito feliz dele não ter pensado
nessa forma. Certa vez, ele me perguntou o porque eu não fugi quando ele disse
que não trabalhava, que era um “vagabundo” como ele delicadamente se intitula.
Se eu não tinha medo dele ser um encostado que abusaria do meu humilde
dinheirinho, já que ficaria um ano sem receber salário. Quando soube que ele
tinha decidido se dedicar um ano para ir em busca de um sonho, um objetivo, pensei exatamente o oposto. Pensei que ele era muito corajoso e imaginei ser
uma pessoa extremamente planejada, determinada, organizada e dedicada,
características essas que pude comprovar e somar a tantas outras lindas que
conheci ao logo do tempo e que fizeram com que eu rapidamente me apaixonasse
por ele.
Eu sempre entendi a magnitude das distâncias de um Ironman.
Por praticar esportes há algum tempo e estar em contato com o mundo do
triathlon há quase 2 anos (mesmo que só espiando, ainda...) eu já sabia que
nadar 3,8km, pedalar 180km e depois correr 42,2km (sim, uma maratona depois
disso tudo) não era uma tarefa nada fácil. E aqui vale desatacar que é um na
sequência do outro. Sim, no mesmo dia, como alguns me perguntam... Mais
precisamente, no limite de 17h para cruzar a linha de chegada. O que eu não podia imaginar é o que eu
descobriria por trás da teoria.
Eu descobri que uma prova de Ironman começa meses antes da
largada. Começa com a preparação do corpo e da mente do atleta para que ele
consiga chegar até o grande dia da prova. E eu posso dizer isso com toda a
certeza do mundo: esse caminho não é nada fácil para o atleta e muito menos
para quem o acompanha de perto e convive com ele.
Os treinos aconteceram praticamente todos os dias (de
segunda a segunda) e muito, muito cedo. Nesse último ano, o despertador tocou
muitas vezes muitas horas antes do meu programado, mas eu nunca o deixei sair
para um treino sem um beijo, mesmo que sonolento. Da mesma forma como ele nunca
saiu sem me levar um copo de água ou um pouquinho de suco antes de ir colocar o
corpo pra trabalhar.
Eu acompanhei o Dani em muitas provas e em todas eu me
diverti e me apaixonei ainda mais. Peguei chuva, vento, sol, frio, mar, rio...
E lá estava eu com o celular na mão para fotografar cada momento. De todas as
provas que ele participou desde que nos conhecemos, só não estive na Asics 21k
no começo de Agosto do ano passado pois tínhamos apenas uns dias de namoro, na
meia maratona do Rio pois ele foi acompanhar uma amiga, na maratona de Chicago
porque alguém tem que trabalhar nessa relação, rs, e em uma prova de travessia aquática
porque ele foi de carona e o carro estava cheio.
Do resto, lá estava em eu
todas e posso dizer que essa foi a minha preparação para o grande dia, o dia do
Ironman Florianópolis. Foi como uma espécie de treino, como se eu tivesse que cumprir
essa “planilha” de staff porque depois de um tempo eu sabia exatamente como era
a dinâmica de uma prova de triathlon, as particularidades, os melhores momentos
para acompanhar as passagens, como sai, como entra. Aprendi a fechar roupa de
borracha, a passar vaselina no pescoço, a fazer check list dos itens pré prova,
a gritar “vai gatinhoooooo” sem passar vergonha. Aprendi onde colocar os
suplementos, a como prender número na bike na melhor posição para foto, a
passar máquina nos pelos da melhor forma possível. Aprendi como despachar uma
bike (com e sem mala bike), o que colocar em cada sacolinha de prova, o que
comer antes, durante e depois da prova.
Mesmo sabendo (quase) tudo sobre triathlon na teoria, eu
estava muito nervosa nas semanas anteriores. Tinha medo da bike quebrar ou ele
sofrer um acidente, tinha medo dele travar na água, tinha medo da corrida não
ser da forma como ele esperou. E foi nesse turbilhão de emoções que eu descobri
que o Ironman em si é uma grande festa (ok, longa e dolorida) de
confraternização. Que essas preocupações claro que existem, mas que aquela não
era uma prova comum, era uma prova diferente. Tirando os atletas profissionais
da elite, todos que estavam ali tinham como objetivo fazer algo extraordinário,
praticamente impossível para muita gente. Tratava-se de reimaginar limites para
seu corpo, para sua vida. A grande maioria dos atletas acaba tatuando o símbolo
do Ironman (a letra M) para marcar para sempre a sua história e ser reconhecido
e destacado entre os triatletas “comuns”.
Eu descobri que o Ironman não é simplesmente pegar uma prova
de "meio Iron" e imaginar ela em dobro. Não era uma questão de esperar
“um pouco” mais para o atleta chegar. Tem algo diferente no ar e isso é tão
explícito que chega a arrepiar. A cidade estava cheia de competidores e suas
famílias e amigos. Por onde andávamos, tinha um atleta treinando, comendo,
confraternizando, sorrindo ou com cara de apreensão. No dia da prova, posso
dizer que eram centenas e centenas de camisetas personalizadas, cartazes,
buzinas, megafone, faixas, bumbos, cornetas... Tudo para festejar a passagem
dos guerreiros e nesse momento eu também descobri que não se torce ou se vibra
apenas pelo “seu” Ironman: com o passar das horas, principalmente durante a
maratona, a torcida se torna coletiva, a energia toda se une e se canaliza em
motivação para todos. Enquanto os treinos para um Ironman são muitas vezes
solitários, tive a impressão de que naquele dia, todos os atletas fizeram a
prova junto com milhares de pessoas.
Na nossa torcida oficial estavam eu, a Heliet e o Mauriel (pais do Dani), a Jana e o bebê (irmã e sobrinho/a), o Ednilson (cunhado), o Rogério e o Henrique (cumpadre e afilhado do Dani), o Ney e a Bárbara com o fofo do Lucca, além do Chaves, Juju e Carmen (todos amigos do Dani). Durante a prova também teve a Tati e o Sérgio, o Luiz e sua esposa Alexandra (amigos de treino da Medley), o Leandro (um outro amigo do Dani) e uma torcida remota composta por dezenas de amigos que puderam mandar energias positivas antes através de um vídeo motivacional que organizei.
A largada é um
capítulo a parte. Com exceção dos profissionais da elite, todos largam juntos,
ao mesmo tempo. Estava acostumada com os "Troféu Brasil" da vida em que a largada
é feita por categorias. No Iron, não tem essa de sexo, faixa etária... É todo
mundo junto e misturado e isso significa mais de 2000 atletas entrando na água ao mesmo tempo. Minutos antes da
buzina tocar, da pra sentir a tensão no ar, nos olhares daquele bando de
“pinguins” paradinhos em frente àquele mar gigante: a roupa de praticamente
todos é preta e as toucas são todas iguais. Encontrar o “seu” atleta é uma
missão quase impossível... Não conseguimos ver o Dani dentro da área de largada,
pois ele não foi até onde estávamos acampados. Depois, como eu imaginei, ele
confessou que estava muito nervoso e preferiu curtir esse momento se
concentrando.
Quando a buzina toca, não tem mais volta. Agora é pra valer!
Alguns correm desesperadamente para o mar, outros vão caminhando devagar, nós
expectadores ficamos ali parados admirando aquela cena linda. Sim, é muito
lindo e nessa hora “cai a ficha” de todos... Aos poucos, começamos a nos mover
lentamente para a área onde conseguiríamos vê-los pela primeira vez: mais ou
menos na metade da distância da água, os atletas sairiam da água, correriam um
pedaço na praia e cairiam no mar de novo. Conseguimos ver o Dani passando super
bem nesse ponto. Um alívio imenso para meu coração apertadinho!
Depois nos direcionamos para a saída da água e nessa hora a
aglomeração da torcida é bem maior... Dei meu jeitinho de me enfiar
praticamente dentro do mar e consegui ver o Dani saindo da água, cerca de 13
minutos antes do esperado. Não dá pra descrever a alegria que senti! Estava com
a Dona Heliet, minha sogra querida do meu lado e alguns amigos do Dani perto.
Só conseguia gritar: ele saiu, ele saiu! A primeira parte do desafio tinha sido
cumprida com louvor! Ainda tive tempo de ver a a Rafa, uma amiga guerreira,
saindo da água e comemorando muito. Nesse momento eu e o namorado dela, o
Vitor, nos abraçamos e choramos juntos. Foi um momento de catarse, uma emoção
muito grande. Tudo aquilo que vivemos como staff, até então, estava de fato se materializando
ali na nossa frente.
Nos despedimos e segui com a família e amigos do Dani para o
retorno da área de bike. Nos acomodamos em um ponto muito bom onde
conseguiríamos ver os atletas chegando de frente para o retorno dos 90k.
Fizemos as contas do tempo, considerando a saída antecipada da água e acabamos
nos separando, pois tínhamos um grupo com crianças e o restante do pessoal
queria almoçar, ir ao banheiro e descansar. Eu não tinha fome alguma, rs...
Estava focada em ajudar a torcida, passar as coordenadas, deixar todo mundo minimamente
confortável. Quando consegui organizar
tudo, parei para comer um sanduíche com a família do Dani. Energias
recarregadas, era hora de esperar nosso atleta.
Achei que seria mais fácil localizar o Dani chegando, mas
velocidade e capacete são dois elementos que dificultam um pouco o
reconhecimento das pessoas. Ficamos ali de plantão, sem desgrudar o olho por um
segundo e íamos torcendo por todos os atletas que passavam por ali. Teve gente
derrubando a garrafinha de água, muita torcida sem noção passando na frente das
bikes (o que deixava o locutor bem nervoso), teve gente parando a bike para dar
beijo na esposa (achei fofo mas beeeem perigoso), gente que passava sorrindo,
gente que passava sofrendo. De repente, surge o “nosso” Ironman: gritamos,
buzinamos, usamos o pompom e ele conseguiu nos enxergar e acenar para nós. Não
aguentei a emoção de novo e comecei a chorar. Parecia que a cada hora, o sonho
dele, que nesse momento também era o nosso, se tornava mais real.
Fizemos mais contas e nos dirigimos para o local da
transição, onde entregariam as bikes e sairiam para a corrida. Fiquei boa em
matemática porque não dava para confiar nos apps que reportam onde o atletas
está, o delay é bem grande. Torcida a postos, fiquei esperando o Dani passar
para entregar a bike, gritei e buzinei, e corri para chamar nosso Time Abib
para se posicionar na saída da corrida. Conseguimos ver ele passando para iniciar
a etapa final, a maratona e a partir daquele momento, todos estavam mais
aliviados, uma vez que agora ele estava “na praia” dele, a corrida, nenhum
problema técnico poderia interromper a sua chegada. E eu sabia que se uma câimbra
ou lesão acontecesse, ele cruzaria a linha de chegada de qualquer forma, mesmo
que se arrastando.
Naquele ponto em que estávamos, veríamos o Dani passando 4
vezes antes da linha de chegada e cada passagem foi uma grande festa da nossa
torcida. Na primeira, teve a famosa pausa para meu (merecido) beijo, mas vimos
que o Dani chegou ali com cara de sofrimento e estávamos mais ou menos na
metade dor percurso, 21k. Meu coração apertou de novo momentaneamente e
passamos a mandar todas as energias positivas do mundo para nosso guerreiro e, coincidentemente
ou não, ele passou bem melhor por nós na volta dos 31k, com direito a beijo na mamãe
dessa vez!
No meio tempo das voltas dele, passamos a torcer por todos os
atletas que passavam. Todos! Líamos o nome nos números de identificação e era
uma gritaria de incentivo só. A grande maioria correspondia ao estímulo e
outros estavam muito focados para responder. Eu não vi ninguém sofrendo muito,
ou se arrastando, como vemos em alguns vídeos motivacionais de Ironman. Hoje eu
chego a conclusão que é porque estávamos acompanhando a prova entre os pontos
de visualização baseados nos tempos do Dani, que estavam excelentes! Ou seja,
as pessoas que passavam ali antes e logo depois dele estavam muito bem
condicionadas e preparadas. Os que sofrem mais passaram horas depois, com
certeza, pois a prova tem até 17h para ser concluída.
Assim que “nosso” Ironman passou por nós para seguir rumo
aos 10k finais, ainda conseguimos ver o Nelsinho, outro amigo fera do
triathlon, passar por nós e nos dirigimos para a tão esperada linha de chegada.
A essa altura, eu já tinha certeza que o Dani conseguiria finalizar a prova
abaixo da sua expectativa de tempo inicial, que era de 11h10. Eu sempre soube
que ele foi bem conservador nessa estimativa, mas acho que ele estava certo em
conter a emoção e evitar uma velada pressão para o resultado.
Quando chegamos ao local da chegada, a multidão era bem
maior do que esperávamos. Tivemos que nos dividir para acompanhar a chegada do
Dani. Coração a mil por hora, tinha acabado de começar a escurecer... Pelas
minhas contas, ele chegaria abaixo de 10h40 de prova e ficamos contando os
minutos até que vimos ele apontar no corredor que leva até a frase mais
esperada de todas “you are na Ironman”. Conseguimos dar um hi-five pra ele e às
17h36m15s nosso querido Dani se transformou em um Ironman.
Para ele e a nossa torcida, essa conquista tinha um peso
especial, já que ele tinha decidido se dedicar um ano exclusivamente para essa
prova. Tenho certeza que ele aprendeu muito durante esse período, como ele
mesmo relatou em um post do seu blog. Ver ele finalizando a prova bem, inteiro
e feliz me deixou anestesiada. Eu não conseguia raciocinar muito bem naquele
momento, só lembrei de chamar todos para uma foto final e para irmos ao local
de onde ele sairia após pegar a medalha.
Demorou quase uma hora entre a chegada dele e a saída da
tenda, mas lembrei que ele tinha dito que tentaria fazer um soro para
hidratação e provavelmente iria fazer massagem e comer alguma coisa. Eu e a
mamãe do Dani estávamos a postos para acompanhar a saída do nosso campeão e
explodimos de alegria ao vê-lo saindo, com dores, mas bem. Nos abraçamos, nos
beijamos e ainda conseguimos tirar uma foto geral na torcida no famoso M (com
exceção do Juju e da Carmem que precisaram ir embora pois tinham o voo
programado para a mesma noites). Depois, ainda fomos até a loja oficial da
prova e compramos a jaqueta de Finisher para o Dani. Eu não conseguia muito acreditar
no que os meus olhos estavam vendo, ele ai em pé, sorridente, caminhando pra lá
e pra cá, mas aquilo realmente estava acontecendo.
Combinamos de jantar (sim, ele teve pique pra comemoração) e
enquanto o pessoal foi para o restaurante, fiquei com ele para pegar a bike e
depois seguimos para a casa para tomar banho e encontrar toda a turma. Tivemos
o “nosso” momento pós prova, com muito abraço, carinho e palavras de
agradecimento do Dani para mim. Todos me consideraram merecedora de uma medalha
também, por toda minha dedicação durante esse um ano, mas meu maior prêmio foi
vê-lo realizando seu sonho.
Quando começamos a namorar, o Iron parecia uma coisa muito
distante... Até tivemos uma conversa na hora de comprar a passagem e fecharmos
a casa em que nos hospedaríamos sobre como seria se não estivéssemos mais
juntos, como seria. Posso dizer que esses 11 vezes voaram. Tudo foi muito
intenso e passou muito rápido. Tem muita gente que acha que estamos juntos há
anos, rs... E é assim mesmo que eu me sinto, como se o Dani sempre tivesse
existido na minha vida.
Eu aprendi muito ao longo desse ano. Aprendi sobre paixão,
compromisso, determinação, metas, dedicação. Aprendi sobre perseverança, força
física, força mental, sobre superação. Aprendi a ceder, a entender melhor a
rotina do outro, a fazer acordos e concessões. Fiquei (um pouquinho, rs) mais
paciente. Aprendi a ouvir mais do que falar e que amor e admiração andam de
mãos dadas. Aprendi que para ser um verdadeiro homem de ferro, é preciso ter um
coração de ouro, e o Dani foi um príncipe. Apesar da rotina puxada de treinos,
nunca me faltou carinho e respeito. É claro que tivemos que fazer algumas
adaptações na rotina de um casal “normal”, mas eu acho que o saldo foi positivo.
Tive que aprender a dormir cedo ou pelo menos lembrar de diminuir a luz do Ipad
para não atrapalhar o sono alheio e tive que aprender a voltar a dormir depois
que o despertador toca de madrugada. Passei a ir ao cinema em sessões da tarde
e a valorizar um day off (dias sem treino na planilha) como ninguém! Abrimos
mão de alguns compromissos sociais sim, mas conseguimos encaixar festas,
casamentos, aniversários, batizados, encontros de família, de amigos, viagens.
Sei que nesse um ano acabei priorizando a companhia dele porque o tempo disponível
para nós se restringiu a algumas horas na sexta, sábado e domingo, intercalando
o dia com treinamentos ou provas. Sei que os amigos de verdade entenderam os
nossos momentos, mas deixo aqui o meu muito obrigada a todos que não só
entenderam, mas torceram junto comigo.
Tenho que agradecer também ao Time Abib que esteve reunido em Floripa para a prova. Entraram na minha bagunça, compraram a ideia das camisetas e parafernalhas de torcida, curtiram comigo, torceram muito pelo nosso Dani e estavam todos muito orgulhosos não só em vê-lo terminando a prova, mas também pelo seu excelente tempo!
Por fim, deixo aqui registrado o meu agradecimento ao melhor
namorado do mundo, o meu Dani, meu Gatinho, meu Príncipe, meu Ironman que me
acomodou de forma tão especial em sua rotina. Que sempre fez tudo o que pode
para ficarmos juntos, dentro de uma ”normalidade”. Que encontrou tempo pra
treinar comigo, pra estar comigo sempre que possível. Que me ensinou muitas
lições de vida. Ele é meu parceiro, meu companheiro, meu amigo, meu amor.
Espero ter sido a companheira que ele merece ter pelo homem incrível que ele é.
Muita gente nessa rotina toda diz que eu fui uma namorada perfeita... Sei que
fiz muita coisa bacana, mas também tive meus momentos de mimimi ao longo desse
processo todo. Poucos, confesso, mas tive. Eu ainda não fiz um Ironman e por
isso me dou ao luxo de não ser de ferro, rs. O importante é que eu aprendi que
um sonho sonhado em conjunto tem o poder de transformar a vida de muitas
pessoas.
Muita gente agora me pergunta se eu estou pronta para a
próxima, porque ele eu sei que está, mas isso é assunto para ser tratado primeiramente
no mundo off-line. :-) Confesso que tenho sentimentos bipolares nesse momento, acho
que a depressão “pós Iron” também atinge os companheiros de jornada. Por hora,
posso dizer que tudo o que vivi valeu muito a pena... Foi como eu disse no começo dessse post: nada mudou e, ao mesmo tempo, tudo!
- Eu te amo, Daniel Cintra Abib! -
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Esse foi o meu lado da história.,, O relato do Dani pode ser encontrado no blog Meu Primeiro Ironman.