domingo, 12 de abril de 2015

Ironman 70.3 Brasília - A visão do lado de cá da prova

Já faz um tempo que venho querendo relatar o outro lado da versão de quem acompanha as provas de triathlon. Já li alguns relatos de esposas, namoradas e amigas de triatletas e confesso que tudo que li até hoje sempre me pareceu muito feminista, esquisito, triste e/ou sarcástico. Sei que ainda sou "novata" na função que carinhosamente chamo de "staff" e não sei se depois de viver anos e anos nesse trampo (sim, no fundo é um trampo...) eu escreveria igual a esses relatos que mencionei... Sendo assim, deixarei aqui registrada a minha visão do lado de cá de uma prova de triathlon e quem sabe um dia eu releia e faça algumas alterações, rs...

Acho que não é novidade pra ninguém que eu namoro o Dani, um triatleta (lindo <3) que está em um ano sabático, se dedicando de corpo, alma e coração aos treinamento para o Ironman que acontecerá dia 31 de Maio em Florianópolis. Até lá, todas as provas são grandes check points de seu desempenho e fazem parte do plano de treinamentos para o "grande dia". Já acompanhei algumas provas de triathlon da modalidade Olímpica em Santos e uma prova chamada Challenge que aconteceu também em Florianópolis em Novembro de 2014 e que corresponde a mesma distância de um Ironman 70.3 - ou "meio Ironman" (1.9k de natação / 90k de bike / 21k de corrida). Essa é uma prova que não é tão conhecida como o Ironman (que é uma marca registrada) e, por isso, não tem todo o glamour e repercussão. O número de atletas também é menor... 

No dia 5 de Abril, aconteceu a grande última prova que servirá de avaliação nessa loucura, ops, sonho do meu Gatinho: o Ironman 70.3 em Brasília. Apesar de ser a mesma distância do Challenge, agora tinha a pompa que a marca  famosa agrega.

Sexta Feira - 3 de Abril - Embarque de Sampa para Brasília

Embarcamos na Sexta Feira, 3 de Abril e o aeroporto estava cheio de bikes. Foi engraçado demais! Nesse momento, senti a primeira tensão do final de semana: o Dani tinha levado a bike dele protegida, mas fora de uma mala específica para transporte. E se caísse? E se quebrasse? E se sumisse? E se... Achei melhor engolir a preocupação para não deixa-lo (mais) nervoso. O jeito era torcer para dar tudo certo... E deu! Chegamos em Brasília e nesse momento vimos que vários atletas despacharam a bike do mesmo jeito. De qualquer forma, lição aprendida: só mala-bike daqui pra frente!


Embarque para Brasília

Depois do check in feito, almoçamos num shopping perto do hotel e nesse mesmo dia fomos visitar a Exposição e retirar o Kit. Achei bem organizado e tranquilo. Lá, um painel enorme com os nomes de todos os inscritos virou point para muitas fotos com olhares e sorrisos orgulhosos. Nessa hora, foi muito engraçado ver as namoradas / esposas / companheiras: tinham as extremamente atletas também (que faziam eu me sentir um peixe bem fora d'água), paramentadas de tênis de corrida, bermuda de compressão e Garmin no pulso e as "gente como a gente", de short jeans e blusinha branca (meu uniforme em provas), muitas vezes com bebês fofos a tiracolo. Quando eles crescerem, sentirão muito orgulho do papai com certeza!


Nós e o famoso M Dot

(Alô, alô meninas solteiras de plantão!!! Indico que comecem a frequentar provas de Triathlon para fazer uma prospecção, viu? Espero que meu Gatinho não leia isso, mas a quantidade de homens bonitos/gostosos por CENTÍMETRO quadrado é impressionante. Misericórdia! Hahahahaha! Eu reclamo mas to aqui incentivando a paquera das Maria Macaquinho, rs...)

Kit na mão, fomos visitar um amigo do Dani que mora em Brasília. Depois, era hora de voltar para o hotel, descansar um pouco e depois partir para jantar com os amigos do Dani em um restaurante de massas. Aliás, esse é o cardápio único e exclusivo de um final de semana de prova: carbo, carbo e carbo, para o terror de quem, como eu, não gastaria mais de 3.000 calorias dias depois. Sendo assim, o jeito foi tentar não entrar na onda e intercalar as refeições de carbo com saladinhas... O restaurante era muito gostoso e os amigos do triathlon que o Dani fez são muito unidos e legais. Todos se apoiam, brincam, se divertem e fazem muita força juntos. Dia tranquilo finalizado, era hora de dormir (cedo, sempre cedo...) para descansar.




Kit na mão e jantar delícia!


Como diz o pessoal da Run & Fun: #povolindo



Cantina da Massa

Sábado - 4 de Abril 

Hora de acordar e ir para a Exposição assistir ao Simpósio Técnico da prova. O Dani queria chegar cedo e ver o primeiro simpósio (teriam dois horários) e lá estávamos nós perto das 9h, De novidade, foi anunciado que agora teria anti-doping para os atletas amadores. O pessoal deve ter gostado porque nessa hora rolou um aplauso em massa...


Nós no simpósio técnico


O pessoal compareceu em peso 

Os amigos do Dani chegaram para assistir o simpósio das 10h. Como nós já tínhamos visto, era hora de voltar para o hotel. Certo? Errado! :-) O Dani quis ficar para assistir de novo porque todos combinaram uma foto da galera depois. Eu sai de lá com todas as regras decoradas, mas valeu a pena esperar. A foto ficou muito legal! Acho bem bacana essa união que eles tem. O esporte trouxe muitos amigos para o Dani e, de quebra, pessoas muito legais para eu conviver também.


Time Run & Fun

Sábado depois do almoço (de massa, para o Dani, rs) voltamos ao local da exposição (sim, você fica indo e voltando para o lugar de exposição o final de semana todo... turismo mesmo, foi de dentro do carro... eu até que queria dar umas voltinhas, conhecer a cidade, mas o Dani não estava muito no clima não... espero que o dia que o acompanhar em uma prova em Miami seja diferente, hehehehe) porque era dia de fazer o bike check in: momento de largar a magrela e os apetrechos para a prova no local de transição.


Por incrível que pareça, ainda sobra lugar pra mim na cama...


Sacolinhas pra organizar a transição


Eu e as tralhas! :-P

(Pausa para os apetrechos... Tem MUITA tralha que precisa ser levada para uma prova dessas. Muita... E mesmo com uma listinha do que não pode ser esquecido, sempre tem o risco do esquecimento... Tem gel, pozinho, frequencímetro, capacete, treco pra encher pneu, espuma não sei do que, viseira, roupa de borracha, líquido pra desembaçar óculos, caramanholas... Uma lista quase infinita de coisinhas, cada qual com sua função.)

Nessa hora, os acompanhantes não podiam entrar na área destinada a transição. O jeito foi esperar na feirinha da exposição e dar uma voltinha no local que era muito bonito e gostoso. Depois que eles deixam a Bike e as tralhas, lá vão os futuros "meio Iornman" fazer a tatuagem com o número da prova (também chamado de BIB). É incrível: eles saem dessa marcação parecendo pombos de tão estufado que o peito fica. Ao colocarem os números, parecem que ganham uma dose extra de energia de auto estima e até o andar dos atletas fica diferente. Todos repetem as mesmas fotos nos mesmos lugares do dia anterior, porém agora com a blusa da camiseta arregaçada. Muito cômico observar essas mudanças...


Meu "meio" Ironman tatuado


Já morta de orgulho do meu Gatinho


Momento fofura <3


Minha aquisição para a prova!

Saindo de lá, paramos no mercado para comprar coisinhas pro café da manhã e depois fomos para o hotel. Como precisávamos sair (muito) cedo no dia seguinte, teríamos que fazer o nosso próprio café... Abri um vinhozinho pra relaxar (porque não sou uma mulher de ferro) e ficamos lá repassando os detalhes para o dia seguinte. Chegou um determinado momento que o Dani ficou mudo... Compenetrado... Me enchendo de cafuné e carinho, mas sem falar uma palavra... Iniciou uma concentração para a prova que só terminaria no dia seguinte, depois de cruzar a linha de chegada. Como já conheço meu Gatinho, respeitei seu silêncio e fiquei me distraindo de outras formas.

Horas depois, despertador programado para às 4h, Ipad com iluminação baixa para não atrapalhar o sono do Gatinho, tacinha no criado mudo e às 21h e meu amado já estava me dando boa noite... Logo menos tratei de dormir também para não parecer um zumbi no dia seguinte.

Domingo - 5 de Abril - o grande dia!

O Dani pulou da cama direto como sempre. Eu fiz uma preguicinha de leve pois estava bem sonolenta... Mas o medo de perder a hora e atrasa-lo é sempre enorme... Tratei de engatar a primeira e pular da cama junto. Vesti minha roupinha, engoli um lanche e partimos para o local da prova.

(Fui com a minha camiseta tiete porque queria que todos soubessem do meu orgulho por estar ali com ele naquele momento)


Eu <3 my triathlete

Chegamos no local da prova TÃO cedo que o segurança não entendeu o que fazíamos ali aquele horário. Posso jurar que fomos os primeiros a chegar! Enrolamos um pouquinho no carro e na saída já encontramos alguns amigos do Dani. Todos estavam com rostos muito apreensivos... Para a grande maioria, não seria a primeira vez que fariam essa prova ou essa distância, mas nesse momento todos viraram "virgens" de novo. Conversando com a Poly, esposa do Luiz, nos divertimos comentando como as "staffs" precisam agir em dias de pré e prova:

1) Temos que escolher as palavras certas para não gerar mais tensão
2) Nosso papel é apoiar, e isso às vezes significa apenas não atrapalhar
3) A frase mais dita em dias pré e de prova é: Claro amor, como você quiser... Você escolhe...
4) Temos que entender mudanças repentinas de vontades e humor e fingir demência


Madrugando... ZZZzzzZZzz

Faz parte... E fazemos tudo isso com muito humor e amor. Não tem preço ver a pessoa que você ama se realizando.

Nessa hora, montamos o nosso grupinho de "staff" que ficaria junto até o final da prova: Cássio (o treinador do pessoal), Poly, Eu e Carlão.


Staff


Vai encarar?


Aos poucos, o local da prova ia enchendo... Roupa de borracha colocada, fomos todos para o pier da largada da natação. Fiquei com eles lá até bem próximo do momento da largada, tentando dar carinho e falando palavras de incentivo para o Dani. Sei o quanto para ele a natação é desafiadora e eu fico muito apreensiva quando ele cai na água (só sossego mesmo quando sai da bike, mas isso é assunto para alguns parágrafos a frente, rs)... Ao sair da área da largada, reparei em quanta gente estava ali acompanhando a prova: pais, mães, filhos, filhas, esposas, maridos, amigos, familiares. TODOS muito felizes e emocionados. O clima nesse momento é de arrepiar...


Dani, pronto pra nadar! #sqn

A largada - Natação

Diferentemente de todas as provas que assisti, a largada do 70.3 de Brasília se deu com os atletas já dentro da água. Me posicionei de um lugar que conseguisse enxergar um pouquinho e ao longe, ouvi o barulho da buzina. Com os olhos cheios de água e o coração acelerado, agora era só rezar e torcer para que a natação fosse tranquila e que nenhum tronco aparecesse pra afundar o Dani.... Rs...


A largada

O mar de gente nadando é uma cena muito linda de se ver. Ficamos ali, sem reconhecer ninguém, mas admirando todos. Aos pouquinhos, pequenas "filas" de nadadores iam de formando em pequenos pelotões. Fomos até um local onde conseguiríamos ver os atletas passando ao sair da água. Fiz as conta de quanto tempo o Dani levaria para sair e... Nada. Um, dois, três minutos depois e... Nada.


No lago, um mar de gente...

Passaram muitos amigos da Run & Fun e nada dele. Tentava disfarçar meu nervosismo mas meu coração estava apertado: alguma coisa tinha acontecido. Detalhe: ele passou 5 minutos depois do que estava prevendo, mas esses 5 minutos pareceram uma eternidade. Acho engraçado porque eu sempre vi imagens de provas de triathlon e me perguntava como que as pessoas reconheciam os atletas que ficam todos iguais nessa hora e hoje eu enxergo o meu Gatinho bem de longe!

Cerca de 40 min depois, ele saiu da água... Haja coração...

(Depois ele me contou que precisou parar uns 3 minutos para respirar porque estava se sentindo um pouco mal com a roupa e o calor da água... Que bom que ele desistiu de desistir da prova!)

A bike

Bom... Saiu da água, tá vivo, coração descansa... Só que não. Eu só fico tranquila mesmo quando ele sai pra correr porque sei que ai não existe mais nenhum perigo "real". Se na natação o atleta pode afogar, na bike ele pode, de fato, sofrer um grave acidente. Obviamente, a velocidade média de uma prova é beeeeeem diferente daquele passeio que a maioria das pessoas está acostumada a dar no parque. Existem picos de mais de 50km/h! Um descuido e o estrago pode ser grande... Então... Lá vamos nós sofrer por mais algumas horas...

Eu e o staff fomos para o local onde os atletas iam fazer uma curva acentuada e, consequentemente, poderiam passar um pouco mais devagar do que o normal. Hahahaha. Ilusão a nossa. Pelo menos o Dani e os amigos dele passaram por ali voando!


Ainda consegui ganhar um beijinho! <3

Nos posicionamos estrategicamente em um ponto que conseguiríamos reconhecer eles do outro lado da Rodovia e daria tempo de acompanhar a subida na curva. Essa hora foi muito bacana: estávamos na frente de uma super atleta especializada em ultra maratonas, que tinha um mega fone e ficava incentivando e brincando com o pessoal. Gritava várias vezes que "se pegasse vácuo, Deus tava vendo!". Foi muito bacana também o companheirismo da Poly, Carlão e Cássio: todos estávamos de olho em todos os atletas da Run & Fun e nos avisávamos quando um passaria. Foi assim em todo o trajeto da bike e depois da corrida.


Staff unido

A essa altura da manhã, o Sol já judiava de todos e o calor estava forte. Depois de quase 3 horas suando e me entupindo de protetor solar, consegui ver o Dani passar duas vezes por esse local, constatei que estava vivo e sem machucados (não caiu, ufa...) depois ganhei beijos e tchauzinho e já era hora de voltar para o local de transição e acompanhar a saída para a corrida.

A corrida

Nos posicionamos bem na saída da transição. De lá, conseguíamos ver o pessoal chegando da bike e depois saindo para correr... Vimos o Luiz, marido da Poly e amigo do Dani sair
da corrida e, alguns minutinhos depois, foi a vez do Dani.

Ao vê-lo se aproximar, notei que ele estava sem viseira. Foi o tempo de comentar com o Carlão "será que ele vai querer a minha viseira" que o danadinho passou por mim, voltou e carinhosamente arrancou a minha viseira da cabeça... Achei que fosse pelo menos ganhar um beijinho (no Challenge, nesse exato momento, ganhei uma bitoca), fiz biquinho e... Fiquei no vácuo. Hahahaha. Dei risada com o Carlão e me preparei para mais quase 2h queimando o coco e agora sem viseira. De qualquer forma, antes eu do que ele... Sendo assim, taca-lhe pau no protetor solar!!!


Dani vindo ao fundo... Sem viseira...


 Dani correndo... Com viseira! :-P

Após o episódio da viseira, fomos para um local onde conseguiríamos ver o pessoal passando pelo menos mais duas vezes. Na hora da corrida, muita gente sofrendo, trotando leve, com muita câimbra. Dava pra ver no rosto de cada um o sofrimento e a vontade de terminar aquela prova. Íamos incentivando a todos que precisavam. Nessa hora, toda torcida é válida e todos ali já são campeões. Os termômetros marcavam 30 graus e o tempo estava muito seco.

Na primeira volta do Dani, acho que a dor na consciência pesou e ele parou 1 segundo para a minha famosa bitoca, rs. Vi que meu Gatinho estava cansado mas estava "inteiro" e isso era um bom sinal. Nas últimas provas, a corrida foi um momento bem chato para ele pois não conseguiu dar tudo de si e os resultados não foram os melhores...

Depois da segunda passagem ele, eu e o Carlão esperamos a Kami (amiga de treinos) passar e nos dirigimos para a chegada. Encontramos a Poly e seguimos juntos... Com a chuva. Sim, para aliviar um pouco, São Pedro mandou um leve pé d'água para esfriar os atletas e molhar (bastante) todos os acompanhantes.

Quando cheguei perto do pórtico, fiquei de olho no relógio. Quando vi que ele marcava 4h50 de prova, mais um pulo no coração e um nó no estômago: o Dani tinha como objetivo terminar essa prova com um tempo abaixo de 5h e dali por diante, todo minuto seria importante. O Luiz passou com quase 4h54 e eu sabia que o Dani estava, pelo menos uns 4 minutos atrás dele. Depois de respirar fundo, vi ele vindo ao fundo. Aquela olhadinha básica para o relógio e percebi que não tinha mais como não atingir a meta... E com 4h56 de prova, ele cruzou a linha de chegada.



Agora é só comemorar


Vai, Gatinho!!!


Considerações finais

A prova foi muito bem organizada... Brasília estava "cheirando" esportes: por onde você andava, via um atleta com uma pulseirinha de participante da prova na mão. Achei muito legal poder saber de longe "quem era quem"...

Não adianta explicar: para quem minimamente gosta de esportes e / ou tem alguém ali pra enfrentar um desafio desses, a emoção é à flor da pele. Me peguei várias vezes com os olhos marejados e os pelinhos do corpo arrepiados... Algumas pessoas me falam: você pode pegar um sol e passear enquanto ele faz uma prova dessas. Oi? Impossível desgrudar o olho da prova. Não só para procurar o Dani, mas também procurar seus amigos, ver o olhar das pessoas, a superação de cada um, torcer junto por quem você nem conhece...  Qualquer prova de triathlon por si só já é emocionante... Mas essa prova foi bem especial.

Cansa? Sim, cansa... São horas em pé embaixo de sol, chuva, vento, anda pra lá, anda pra cá, leva mochila...  Fica tensa na água, fica tensa na bike e relativamente relaxa na corrida, mas sempre olhando pro relógio. E uma prova dessas começa muito antes, com treinos, alimentação e descanso. Dois dias antes, o assunto é só prova, prova, prova, kit, bike, número, trajeto, revisão de regras, prova, prova e mais prova. Você até tenta puxar um assunto diferente, mas não rola. Na noite anterior, não tem assunto de prova, mas tem silêncio de concentração.

Para muitas pessoas, isso pode parecer uma tortura, mas para mim não. Não canso de dizer que amo acompanhar meu Gatinho e isso é muito verdade... Só eu sei o orgulho e a felicidade que eu sinto em poder compartilhar momentos assim com ele.

Eu cresci sabendo que o que eu mais queria era um companheiro de vida, não só alguém pra chamar de namorado. Sempre quis uma pessoa que estivesse ao meu lado para o que der e vier e que me fizesse bem. Que eu me sentisse uma pessoa melhor quando essa pessoa estivesse ao meu lado do que quando eu estivesse sozinha. Hoje, tenho certeza que tenho comigo uma pessoa que é muito mais do que eu sempre pedi.

Gatinho, não tem sol, chuva, vento, suor, cansaço ou qualquer outra coisa que seja maior do que a vontade de te ver sorrindo e me abraçando depois da linha de chegada. E eu estarei com você em todas que você desejar cruzar. Te amo!


<3